Fonte: Uol Notícias.
Funcionários dos Correios de oito
Estados decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (12), após assembleias
realizadas na noite de quarta-feira (11) aprovarem greve por tempo
indeterminado. De acordo com o Sintect SP (Sindicato dos Trabalhadores e
Trabalhadoras dos Correios e Similares de São Paulo), os serviços devem ser
interrompidos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio
Grande do Norte, Rondônia, Pernambuco e Paraíba.
Já a empresa afirmou que vai
adotar "uma série de ações preventivas para garantir a prestação de
serviços à população", o que inclui "a realização de horas extras,
mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as
unidades e contratações temporárias."
De acordo com Edilson Pereira,
diretor do Sintect SP, outros Estados realizarão assembleias hoje e podem
aderir à paralisação. Segundo ele, ainda não foi marcada nova reunião entre os
sindicatos e os Correios para discutir as reivindicações --o último encontro
foi dia 10.
A categoria quer a reposição da
inflação, o reajuste do piso salarial em 10%, aumento real de 6%,
vale-alimentação de R$ 35 e vale cesta de R$ 342, além de auxílio creche de R$
500 e auxílio para dependentes de cuidados especiais de no mínimo R$ 850.
Em nota, os Correios informam que foi
oferecido um reajuste de 5,27% sobre salários e benefícios. De acordo com a
assessoria de imprensa da entidade, atender às reivindicações sindicais
custaria R$ 31,4 bilhões para a empresa, o equivalente a "quase o dobro da
previsão de receita dos Correios para este ano ou o equivalente a 50 folhas
mensais de pagamento".
Os Correios devem divulgar um balanço
do total de agências e centros de distribuição afetados pela greve. O Sintect
SP estima que "entre 45% e 50% dos funcionários aderiram à paralisação no
primeiro dia da greve" na região da capital, Grande São Paulo e
Sorocaba.