Entenda o
caso.
As especulações sobre o
aumento dos combustíveis tem feito parte dos noticiários, diariamente, há alguns
meses. O ministro Guido Mantega tem falado que não haverá aumento dos combustíveis
a curto prazo, mas como se diria no popular “O gato está em cima do telhado”,
isto é, o governo vai dando as más notícias, aos poucos.
Em
função do aumento do consumo de gasolina como também a recente desvalorização
do Real frente ao Dólar, a defasagem de preço atingiu, em agosto, o maior
patamar desde setembro de 2012, isto é 28,2%, segundo levantamento feito pelo
Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
No
caso do diesel, a diferença entre o preço nacional e o internacional em 19 de
agosto ficou em 28 por cento, trata-se da maior diferença entre as cotações
locais e externas desde 15 de outubro de 2012, quando foi de 28,1 por cento.
A
estatal já disse que tem buscado alinhar os preços dos combustíveis aos valores
internacionais, como forma de sanar uma das sangrias de suas contas. Mas agora
uma estabilização do câmbio é fator chave nas negociações para um reajuste dos
combustíveis entre representantes da Petrobras e o governo, que determina os
aumentos também considerando os riscos de um impacto na inflação.
Qual a influência no aumento
do frete?
O aumento
dos preços do diesel e da gasolina influência diretamente o setor de transporte
de cargas. Neste momento não é possível calcular o impacto percentual no custo
do frete, mas podemos dizer que, o combustível representa de 15% a 50% do custo
total do transporte, dependendo do trajeto, do veículo e da carga transportada.
Para se ter uma ideia, em operações urbanas ou rotas curtas, o combustível pode representar entre 15 e 20% dos custos operacionais. Já em uma operação rodoviária, por exemplo, do agronegócio, em que são utilizados veículos pesados que percorrem grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40% ou mais.
Passageiros
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) acredita que o aumento do preço dos combustíveis pode significar aumento do valor das mercadorias, serviços e também elevar o custo do transporte público urbano. O reajuste, ainda afeta a população de menor renda, que utiliza diariamente o transporte coletivo. Neste setor, os gastos com o diesel representam 25% dos custos.