Podemos dizer que o mundo é apaixonado pela Formula 1, pois anualmente milhões de pessoas assistem ao vivo ou pela televisão seus 20 GPs (19 em 2013). As batalhas que se formam dentro das pistas são algo impressionante onde qualquer milésimo de segundo é importante e pode decidir uma corrida. Milhares de pessoas são envolvidas para que o espetáculo possa acontecer: Pilotos, engenheiros, mecânicos, organizadores, staff, como também as equipes que planejam, organizam e operacionalizam a logística de todo o “circo”.

Um grande esforço logístico é requerido a fim de que todo o equipamento, de cada equipe, esteja no circuito, no tempo certo. Para garantir, todo este processo, o esporte conta com um grande parceiro logístico, que garante e da confiança aos organizadores. “ A Formula 1 precisa de um parceiro de confiança, que pode oferecer suporte rápido, flexível e confiável para o maior evento automobilismo do mundo ", disse Christoph Remund, CEO da DHL Global  Forwarding, EUA.

Além do transporte de equipamentos, o processo logístico envolve a contratação de hotéis, onde cada equipe pode necessitar de até 100 quartos, locomoção das equipes, acomodações dentro do circuito, normalmente motor homes, alimentação, etc. Outro item não menos importante é todo o processo de tecnologia da informação, que garanta links para conexão das equipes com as bases, permitindo telemetria e transmissão de dados, a fim de que os engenheiros possam tomar decisões e ações, mesmo com a corrida em andamento.

A cada ano, todo o “circo”, viaja  160.000 kms  entre  corridas e sessões de teste. Em média 30 ton. por equipe é transportado a cada grande premio. Isto envolve de 2 a 3 carros, por equipe, chassi  reserva, peças de reposição, motores, pneus, 1100 rádios e fones de ouvido, 1700 litros de combustível em recipientes, especiais, a prova de fogo e nada pode ser esquecido e nada pode dar errado. Tudo é um enorme desafio, porque o tempo é curto e as distancias são longas. Se uma peça que foi desenvolvida para tornar o carro mais veloz for deixada para traz, um funcionário extra é enviado, para levar a peça, pois isto pode fazer a diferença.

Para a etapa europeia, grande parte dos equipamentos são transportados por caminhão e para os utensílios mais comuns, existem 5 conjuntos iguais, que são enviados para lugares diferentes, ao mesmo tempo. Para as corridas fora da Europa, o transporte é feito por avião e normalmente envolve 6 aviões jumbo, com containers convencionais, como também, alguns desenvolvidos, especialmente, pelas equipes,   para o transporte da carga. Algumas vezes, em função do curto espaço de tempo, entre uma corrida e outra, os equipamentos não retornam a base e vão diretamente para o local da próxima corrida. As etapas, fora da Europa, têm aumentado e desta forma, o esforço logístico, também, têm se modificado para atender as necessidades de movimentação dos equipamentos e das equipes, ao longo do tempo.


No Brasil, os equipamentos chegam  no aeroporto de Viracopos, em Campinas, e são transportados para São Paulo, com carretas, pela rodovia dos Bandeirantes. O processo todo envolve 40 carretas, sem contar as que ficam de reserva, caso algum caminhão venha ter problemas, mais de 270 profissionais e 150 policiais. O comboio chega a ocupar 3 km da pista e os motoristas são treinados e proibidos de se desviar da rota. O ponto crítico é a chegada a São Paulo e todo o percurso é supervisionado onde o aspecto segurança é muito importante em função do alto valor agregado.


Toda a estrutura, organização, treinamento dos envolvidos, experiência dos profissionais, envolvimento do time, cuidados com segurança é que fazem da Formula 1 um esporte emocionante, que cresce ano a ano e cativa as pessoas de todas as idades.


by: JRMarçal