A construção de um túnel submerso interligando os municípios de Santos e Guarujá é uma obra cuja discussão teve início em 2011, quando o Conselho de Autoridade Portuária  (CAP) do Porto de Santos aprovou uma proposta de traçado em sua reunião de 20 de junho daquele ano.
O empreendimento teria início no final da Via Anchieta, na região do Saboó, em Santos, e sua desembocadura seria na lateral da Ilha do Barnabé (no lado continental de Santos), interligando-se com a Rodovia Cônego Domênico Rangoni e integrando um mini-anel rodoviário.
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) entendem que essa é a melhor solução porque seu impacto positivo seria agregado ao projeto, em estudo, da terceira via de acesso à Baixada Santista, que desembocará na Rodovia Cônego Domênico Randoni, minimizando os impactos do fluxo de caminhões nos municípios de Santos, Guarujá e Cubatão e justificando, ainda mais, o caráter metropolitano dessa interligação. A alternativa foi aprovada pelo CAP, com abstenção do representante do Governo do Estado de São Paulo.
O Governo do Estado de São Paulo apresentou uma proposta que ainda não foi aprovada pela SEP e pela Codesp. O traçado previsto nessa proposta passa pelo Cais de Outeirinhos, que teve sua primeira etapa de expansão concluída em maio pelo Governo Federal, com a construção de 511 metros de cais.
Foram investidos R$155 milhões até o momento. O valor total da obra é de R$ 274 milhões. A segunda etapa contempla a construção de mais 770 metros de cais, totalizando 1.282 metros, a fim de otimizar a atracação de embarcações de grande porte. A obra também cortaria a Perimetral, as vias férreas e a área interna do porto, comprometendo o tráfego até o Corredor de Exportação de grãos.
Foram solicitadas alternativas possíveis de traçado, diferentes do desenho
apresentado no projeto. A SEP e a Codesp também demandaram soluções técnicas viáveis para os impactos operacionais das obras no novo Cais de Outeirinhos, nas três vias férreas de acesso aos terminais da Ponta da Praia (inclusive Corredor de Exportação de grãos), na via interna de circulação e no acostamento da Avenida Portuária (lado Santos).
A Dersa comparou a proposta atual com duas outras alternativas nas imediações, bem como encaminhou, na última sexta-feira (16 de maio), os estudos dos impactos operacionais que a obra trará para o Porto de Santos. O projeto está em análise pela área técnica da Codesp e, portanto, não há que se falar, no momento, em demolição de trechos do cais do porto e nem de interdição do trânsito aquaviário, rodoviário ou ferroviário."