Os caminhoneiros autônomos, responsáveis por cerca de um terço do transporte de carga no país, vão parar suas atividades por 72 horas a partir do próximo domingo. A decisão foi tomada no início da tarde desta quinta-feira, em assembléia da categoria, depois de quase três horas de avaliação do movimento, na sede da Associação Brasileira dos Caminhoneiros. Participaram da assembléia cerca de 40 pessoas, representando os prestadores de serviços do setor em vários estados. A maioria levou para a reunião o resultado já tirado das bases, que haviam se manifestado a favor da paralisação nacional.

Reivindicações
A categoria reivindica a aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na recuperação das rodovias. Segundo cálculos apresentados pelo presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José da Fonseca Lopes, seriam necessários cerca de R$ 8 bilhões. Ele informou que a associação não vai participar da reunião dos representantes da Frente Nacional dos Caminhoneiros, prevista para as 16 horas desta quinta-feira, com os ministros da Integração nacional, Ciro Gomes, dos Transportes, Alfredo Nascimento, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. “Eles (os representantes da Frente Nacional) resolveram dar um voto de confiança ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Só que, infelizmente, nós, caminhoneiros, que enfrentamos as dificuldades da buraqueira e da falta de infra-estrutura nas estradas, decidimos levar a situação adiante”. Fonseca Lopes afirmou que a manifestação de protesto será pacífica. A recomendação é para que cada caminhoneiro permaneça em casa. A Associação Brasileiro dos Caminhoneiros tem 100 mil filiados e representa, segundo ele, cerca de 400 mil profissionais, em todo o país.


Fonte: Agência Brasil