Incertezas de mercado, queda na demanda, queda de margens provocada pelo aumento da competição, alta dos juros e aumento da inflação estão pressionando o sistema financeiro e consequentemente provocando controle de custos nas empresas.
Apesar de todas as melhorias já executadas, as companhias, diante de tantas limitações, enxergam que ações devam ser tomadas. Redução de custos, através de compras, passa a ser o foco das atenções das corporações.

Criar um ambiente favorável a novas iniciativas que objetivem a redução de custos e despesas, tanto de materiais e serviços comprados como também de processos, envolvendo o volume do capital empregado, que possam tornar o produto final mais competitivo, com consequente aumento da lucratividade é o caminho para a recuperação da competitividade e do lucro.

Foco de atuação:
  •          Compras diretas: Matérias primas, embalagens, partes, peças, etc.
  •          Compras indiretas: Insumos, materiais de manutenção, materiais de escritório, serviços, etc.
  •          Processos: produção, sistemas informatizados, administração, etc.

Principais formas de se obter economia em compras:
  •          Novos contratos e novos pedidos: Criar uma boa base para ter uma ótima negociação.
  •          Renovação de contratos: Oportunidade para rever e definir novas bases.
  •          Renegociação de contratos existentes: Buscar informações, de mercado, que possam dar base para uma renegociação.


Existem algumas formas de se obter economia em compras e elas passam por: redução nos preços já praticados, evitar aumentos desejados pelos fornecedores e alteração nos processos existentes que possam trazer reduções para a cadeia.
A redução nos preços atuais que, normalmente já são aplicados nas compras normais e consecutivas devem ser renegociados com os fornecedores, de forma a se obter um desconto, seja ele por prazo determinado ou uma redução na tabela. Algumas vezes é possível centralizar as compras em um único fornecedor, usando o argumento de aumento de volume para obter uma redução no preço. Esta ação deve ser muito bem avaliada, pois em nenhum momento o abastecimento pode ser comprometido.

Muitas vezes o fornecedor não está disposto a conceder um desconto, mas sim já vem acenando com um possível aumento em função de aumentos de custos. Neste momento o comprador deve agir para evitar o aumento, pois esta ação também se configura em uma economia, que pode ser, no mínimo, a inflação do período.
Uma troca de fornecedor não deve ser descartada, pois muitas vezes todos os argumentos já foram utilizados e o seu fornecedor está irredutível. Neste momento deve-se avaliar se o fornecedor atual perdeu a competitividade. Todos os cuidados devem ser tomados quando do desenvolvimento de um novo fornecedor. Este assunto já foi tratado em outro artigo, intitulado “As 7 etapas de uma estratégia de abastecimento”. Veja: http://www.jrmlogistica.blogspot.com.br/2013/10/as-7-etapas-de-um-processo-de.html

Mudanças de engenharia também podem reverter em economia e desta forma este departamento deve ser estimulado a procurar e desenvolver novas alternativas de materiais e processos que possam reverter em redução de custos. Todos os processos e procedimentos devem ser verificados e questionados, pois a práticas ora utilizadas podem já não serem as melhores e desta forma reduções de custo podem ser encontradas.

O capital empregado e o orçamento serão impactados com as ações advindas de toda esta sistemática e ainda estimulada por negociações no prazo de pagamento das compras. Com certeza os financeiros ficarão muito satisfeitos, pois toda liberação de caixa é sempre bem vinda. Reduções preço ou mesmo aumentos de preço evitados, em comparação com o orçamento, irão gerar recursos para realocação.

By: JRMarçal