Home »
Aumento de produção chinesa pressiona preço do níquel

Fonte: Valor

O baixo preço do níquel foi a justificativa da Votorantim Metais (VM) para o corte de sua produção. Ontem, a companhia confirmou que vai suspender em novembro as operações da unidade de Fortaleza de Minas (MG), onde fabrica 13 mil toneladas ao ano.

Negociado na bolsa de metais de Londres (LME), o metal está atualmente abaixo de US$ 14 mil por tonelada, depois de ter chegado perto de US$ 50 mil em 2007. Apenas neste ano, a cotação caiu 20%. Um patamar que torna o negócio rentável para a maioria das empresas, segundo analistas, é de ao menos US$ 22 mil ao ano.

No entanto, as perspectivas não são de recuperação do preço, ao menos em médio prazo. Com o aumento da oferta do metal no mundo, estimativas de analistas que acompanham o mercado apontam para um leve aumento do preço até o fim do ano que vem.

Na projeção do analista Stephen Briggs, do BNP Paribas, a tonelada do metal ficará em US$ 14.875 em 2014. Em relatório recente, ele destaca que o metal está em uma situação "séria" de superávit estrutural, ainda que existam riscos de redução de produção de companhias que não conseguirem se sustentar com os preços baixos. A projeção do Barclays é de US$ 14 mil por tonelada no ano que vem.

O aumento da produção chinesa é apontado como principal causa da queda do preço do níquel - e também de outros metais, como o alumínio. "A China está elevando em 23% sua produção de níquel neste ano e reduzindo suas importações. Com isso, os estoques globais estão aumentando bastante", afirma Bruno Rezende, analista da Tendências Consultoria.

O estouro da produção de ferro-gusa de níquel nos últimos anos ajuda a conter a alta do preço do metal. Vale, Anglo American e a própria VM manifestaram nos últimos meses preocupação com o produto. O ferro-gusa de níquel, apesar de ter propriedades inferiores, substitui o níquel em uma série de aplicações e é mais barato. "A produção do ferro-gusa de níquel saiu de praticamente do zero em 2005 para 150 mil toneladas em 2010 e quase 300 mil toneladas no ano passado", afirmou em entrevista concedida ao Valor em março deste ano Tito Martins, presidente da VM.

A Vale, segunda maior produtora global de níquel, apesar de citar a oscilação do preço do níquel como risco de seu negócio em relatórios, mantém o metal como um de seus prioritários. A empresa teve receita bruta de US$ 5,9 bilhões com as operações de níquel no ano passado, 8,5% do total.

ISO 28000 - Segurança na cadeia logística

A segurança no trabalho tem se tornado, a cada ano, um dos itens com maior importância dentro das grandes corporações, que têm se dado conta de que os gastos, com prevenção, devem ser considerados investimentos, pois, conduzem a melhorias na organização da empresa, aumentam a autoestima dos funcionários, aumentam o comprometimento do grupo, criam uma preocupação com a prevenção, onde todos os funcionários atuam de forma conjunta, alertando uns aos outros sobre os riscos existentes como também o que deve ser feito para eliminá-los. O retorno de todo este processo é o aumento da produtividade, pois elimina as perdas, na produção, por afastamentos como também os gastos com doenças e indenizações.
Dentro do processo logístico, esta figura, não deve ser diferente, pois um acidente vai comprometer não somente a empresa envolvida, mas também toda a cadeia. Neste caso dois elementos devem ser considerados, isto é, a segurança dos funcionários  como também a segurança da carga. De forma geral os transportadores se utilizam de seguros que vão ressarcir as perdas materiais, mas não dão cobertura as perdas que envolvem todo o processo, como: imagem da empresa em função dos atrasos nas entregas, perda de faturamento, multas que muitas vezes incidem na cadeia produtiva, etc.
Outro fator que faz com que se deva dar mais ênfase ao processo logístico é que de forma geral as empresas estão em busca de redução de custos para manterem-se competitivas dentro de mercados cada vez mais concorridos, sendo que, uma das grandes preocupações é a redução dos estoques sem prejudicar o nível de atendimento a clientes e sem aumentar os gastos envolvidos. Desta forma a segurança, em todo o processo, é de primordial importância e não deve ser deixado em segundo plano.

Existem nas normas ISO 9000 e 14000 bem como na OHSAS 18000, itens que devem ser observados e seguidos pelas empresas que às adotam, que já dão certo respaldo ao processo, mas em resposta à demanda das empresas e de todo o setor logístico, a International Organization for Standardization (ISO) criou a norma ISO 28000 “Sistema de Gestão da Segurança da Cadeia Logística”, com o objetivo de detalhar os aspectos fundamentais que garantem a segurança de toda a cadeia de suprimentos. Esta norma foi traduzida pela ABNT e juntamente com suas normas complementares ISO 28001, 28002, 28003 e 28858 especificam os requisitos para um sistema de gestão de segurança. A gestão de segurança está vinculada a muitos outros aspectos da administração do negócio e esses aspectos incluem todas as atividades controladas ou influenciadas por organizações que impactam na segurança desde a aquisição dos materiais até a entrega do produto ao cliente final.

Este sistema, quando implantado de maneira correta e estruturada, ajudará a identificar os risco e perigos a que as empresas estão expostas durante todo o processo logístico, como também proporcionará ferramentas para a correta adoção de medidas que possam manter toda a cadeia sob controle. Permitirá ainda, dentro de todo este sistema, que as empresas possam criar mecanismos que possibilitem um processo contínuo de implementação de melhorias, que certamente gerarão redução de custos.


By: JRMarçal

Camex concede novas reduções de impostos.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu para 2% a alíquota do imposto de importação com a concessão de 314 ex-tarifários para bens de capital e para bens de informática e telecomunicações. A Resolução Camex n° 73, publicada hoje no Diário Oficial da União, relaciona os 15 ex-tarifários para bens de informática e telecomunicação, sendo 14 pedidos novos e um pedido de renovação; enquanto que a Resolução Camex n° 74, também publicada hoje, trata dos 299 ex-tarifários para bens de capital, sendo 266 pedidos novos e 33 pedidos de renovação.
Os investimentos globais e os investimentos relativos às importações dos equipamentos, vinculados aos 314 ex-tarifários propostos (novos e renovações), apresentam, respectivamente, os valores de US$ 3 bilhões e US$ 715 milhões.
Os principais setores contemplados pelos investimentos globais são: ferroviário (25,76%); bebidas (23,41%); bens de capital (6,05%); petróleo (4,72%); embalagem (4,50%); agroindústria (4,35%); naval (3,89%); alimentício (3,06%); construção civil (3%); eletroeletrônico (2,98%); químico (2,60%); e metalúrgico (2,51%).
Serão contemplados pelos investimentos projetos de mobilidade urbana em Cuiabá-MT e em São Paulo-SP; de implantação de nova indústria de cervejas em Uberlândia-MG e de aumento de produção de bebidas em Sete Lagoas-MG; de aumento de produção de embalagens cartonadas do tipo 'longa vida' em Campo Largo-PR; de construção estaleiro para produção de embarcações de apoio na exploração de petróleo off shore em Itajaí-SC; de instalação de nova fábrica de cimento em Baraúna-RN; além de outros.
As importações relacionadas aos ex-tarifários são originárias dos países: Alemanha (19,51%); Estados Unidos (18,84%); Coreia do Sul (13,63%); Itália (12,58%); China (9,61%); Malásia (4,98%); Suíça (3,6%); e Dinamarca (2,24%).
Neste ano, a Camex já concedeu 2.208 ex-tarifários. Os principais setores contemplados pelos investimentos globais em 2013, até o momento, são: eletroeletrônico (33,11%); geração de energia (15,08%); construção civil (9,55%); náutico (5,28%); ferroviário (5,10%); petróleo (4,36%); naval (3,89%); siderúrgico (2,53%); bens de capital (2,11%); autopeças (1,96%); automotivo (1,74%); serviços (1,65%); alimentício (1,47%); agroindústria (1,41%); telecomunicações (1,31%); metalúrgico (1,13%); farmacêutico/químico (1,09%); e mineração (1,08%).

Expo Scala 2013 - Logística

As inscrições para 14ª Expo SCALA, melhor conjunto de eventos do comércio exterior e da logística, estão abertas no site http://www.exposcala.com.br/  e são gratuitas para visitação da feira e participação no ciclo de palestras. O evento que acontece nos dias 22 e 23 de outubro em Campinas, no Hotel Royal Palm Plaza Resort, das 13 às 21h, é direcionado às empresas e profissionais da área logística, comércio exterior e transporte, futuros atuantes do setor ou qualquer profissional que se interesse pelo mercado. Nos dias do evento os visitantes também poderão realizar o credenciamento gratuito no local.  
Com quase 15 anos de existência, mais de 50 mil pessoas já estiveram presentes no evento que é organizado e idealizado pela Nanquim GR1000 Comunicação & Eventos. A feira reúne várias empresas do setor e sedia um importante ciclo de palestras que aborda temas relacionados à cadeia logística, o transporte, a mobilidade urbana, o comércio exterior e os demais modais do setor. O evento também evidencia o desenvolvimento da região metropolitana de Campinas, uma das principais metrópoles do país e importante polo logístico. É neste cenário que empresários, autoridades e especialistas do setor se encontram para trocarem ideias, fecharem negócios e fazerem networking, além de ficarem por dentro das novidades deste mercado.
Expositores da Feira  
Até o momento 95% dos espaços da feira já estão comercializados com grandes empresas do setor. Estão confirmados como expositores do evento: GRU Airport, Aeroportos Brasil Viracopos, CIESP-Campinas, Codesp - Porto de Santos, Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes da Unicamp, Sindasp, ANTF, ABIFER, SEBRAE, DHL, Panalpina, Haidar, Elog, Original Logística, EGA Solutions, Jas do Brasil, UTI, Grupo Brasiliense, Grupo Rodovisa, IJS Global Logistics, Wind Log, Softway - agora parte da Thomson Reuters, TVB - Afiliada Rede Record, Cargo News, Rádio CBN, entre outras. 
Ciclo de Palestras
O ciclo de palestras tem o apoio acadêmico do Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes - LALT, que pertence a Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp, e irá abordar diversos aspectos da logística brasileira e as perspectivas do setor. No dia 22, o primeiro painel será sobre o Transporte Ferroviário em São Paulo e no Brasil, com a presença de Rodrigo Vilaça, Presidente da ANTF - Associação Nacional dos Transportes Ferroviários e Vicente Abate, Presidente da ABIFER - Associação Brasileira da Indústria Ferroviária. O segundo painel do dia será sobre Fármaco Aéreo - Operações nos aeroportos de Viracopos e Guarulhos, com o Prof. Dr. Paulo Ignácio do LALT/FEC/UNICAMP, como moderador. Encerrando o primeiro dia, o Gerente de Produtos de Regimes Especiais da Softway, agora parte da Thomson Reuters, fará uma palestra sobre a Gestão de Recintos Alfandegados.
A quarta-feira, 23, começa com o painel Mobilidade de Carga Urbana, moderado pelo Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Jr., do LALT/FEC/UNICAMP. Em seguida será tratado das Oportunidades e Ameaças ao Porto de Santos com as novas regras da lei 12.815/13, ministrado por Armindo Adegas, Diretor Comercial da ELOG e tendo como moderador José Geraldo Vantine, Diretor Presidente da Vantine Logistics & Supply Chain. 
Encerrando a feira e o ciclo de palestras, às 19h30 acontecerá a Cerimônia de entrega do Prêmio Viracopos Excelência Logística, realizado pela concessionária Aeroportos Brasil Viracopos S.A., com apoio do CIESP Campinas, auditado pela PwC e organizado pela Nanquim GR1000 Comunicação & Eventos.
Fonte: Site do evento. 

China aumenta investimento no Brasil.

Fonte: MDIC

A convite da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), representantes do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) estiveram no ministério, nesta quinta-feira (12/9), para apresentar o estudo "Investimento chineses no Brasil: 2007-2012". A pesquisa foi realizada pelo CEBC, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e apoio institucional da Renai.

Para o coordenador-geral da Renai, Mário Neves, o seminário serviu para evidenciar os fatores determinantes para a entrada de novos empreendimentos, suas formas de ingresso (novos investimentos, fusões e aquisições, joint ventures) no país e os setores mais atraentes para sua atuação. “Assim, nossas entidades estarão mais preparadas para a formulação de estratégias efetivas para atração de investimentos não só da China, mas também de outros países asiáticos”, explicou.

Segundo ele, o evento ainda proporcionou aos atores federais envolvidos com a agenda de atração e promoção de investimentos um melhor entendimento sobre o processo de internacionalização das empresas chinesas. Participaram da reunião, representantes do Ministério do Planejamento, do Ministério das Relações Exteriores, do Banco Central do Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), além do próprio MDIC. 
Projetos
A apresentação foi conduzida por André Soares, Coordenador de Pesquisa e Análise do CEBC e um dos autores do estudo. Segundo ele, o ano de 2010 é considerado um marco da grande expansão do investimento chinês no país: foram US$ 13 bi, enquanto o período de 2007 a 2009 apresentou apenas US$ 600 milhões para esse fim. Os anos posteriores, 2011 e 2012, representaram  uma nova fase na relação de investimento entre os dois países, consolidando uma entrada significativa de investimento estrangeiro direto (IED) da China ao Brasil.
Segundo André Soares, não existiam projetos significativos antes de 2010 e a crescente demanda chinesa por matérias-primas e commodities e a necessidade de encontrar novos mercados para as exportações mudaram o panorama: foram identificados projetos chineses de investimentos de US$ 32,1 bi - US$ 10,7 bi já confirmados - no país entre 2011 e 2012. "A China descobriu o Brasil", avaliou.
O estudo aponta que os primeiros investimentos concentraram-se no fornecimento de recursos naturais – minerais, petróleo e gás e produtos agrícolas; em seguida, chegaram também ao setor de infraestrutura, especialmente nas telecomunicações e energia; depois, foi a vez dos fabricantes de automóveis e de produtos eletrônicos chineses buscarem os consumidores brasileiros. Atualmente, percebe-se a inclusão do setor de serviços nos planos dos chineses, representando a quarta etapa desse processo.

Motivos
As explicações para o fenômeno são múltiplas, segundo André Soares. "Não há fator determinante que explique esse movimento, mas diferentes fatores que contribuem para que ele ocorra", explicou.  Segundo ele, sobre os investimentos no setor primário, a crise global afetou o preço das empresas de mineração, petróleo e gás, abrindo oportunidades de negócios com a venda dessas companhias a baixo custo.

A ascensão econômica de parte da população no Brasil também influenciou o movimento. "A inclusão da nova classe media brasileira no mercado de consumo gerou demanda para manufaturas chinesas, que busca novos mercados devido à saturação na Europa e EUA", ressaltou. Segundo dados do MDIC, a China fechou o ano passado como maior parceiro comercial do país, sendo a principal origem das importações brasileiras e grande destino das exportações nacionais.