Em nota, o Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informa que não há risco de
desabastecimento energético no País.
De acordo com o comunicado, a atual
capacidade de geração e de transmissão de energia é suficiente para atender as
condições de abastecimento projetadas para o País. Há sobra estrutural, segundo
a nota, de cerca de 7.300 MW médios para atender a carga prevista
O comunicado do comitê acrescenta que ações
conjunturais específicas podem ser necessárias em função da distribuição
espacial dos volumes armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) a adoção de medidas adicionais. Confira a nota na íntegra:
"Nota
Informativa de 04 de fevereiro de 2015
O sistema elétrico apresenta-se
estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão
instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de
usinas, linhas e subestações, considerando-se tanto o critério probabilístico
(riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de
vazões, para o atendimento da carga prevista para 2015, da ordem de 67.260 MW
médios de energia.
O Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições estruturais para o
abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam
os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado
uma situação climática desfavorável no período úmido do ano anterior.
Considerando o risco de déficit de 5%,
conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética –
CNPE, há sobra estrutural de cerca de 7.300 MW médios para atender a carga
prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas
para os próximos meses e a nova projeção de demanda.
Em 2015, entraram em operação 504 MW do
total de 6.410 MW de capacidade de geração previstos, conforme listado a
seguir:
Segundo informações do CEMADEN e INPE/CPTEC,
no mês de janeiro choveu abaixo da média histórica na maior parte do país. Isso
inclui a totalidade das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a maior parte
da Região Norte e a maior parte do estado do Paraná.
Choveu acima da média histórica nos estados
de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no centro do Paraná, no extremo
oeste da Amazônia (oeste do AM e no AC), no noroeste do PA e no leste de
RR. Assim, as afluências verificadas em janeiro foram 38%, 26%, 215% e 60% da
média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte,
respectivamente.
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de
fevereiro de 2015, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 82
séries observadas no histórico, considerando o despacho das térmicas por ordem
de mérito, obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais
a 7,3% e 1,2% respectivamente para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
Considerando, agora, o despacho pleno das
térmicas em 2015, os valores para o risco de qualquer déficit de energia passam
para 6,1% e 0,0% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
Mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas
podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes
armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS a adoção de
medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como aquelas adotadas em
2014, buscando preservar os estoques nos principais reservatórios de cabeceira
do SIN.
Além das análises apresentadas, outras avaliações de desempenho do sistema,
utilizando-se o valor esperado das afluências e anos semelhantes de afluências
obtidas do histórico, não indicam, no momento, insuficiência de suprimento
energético neste ano.
Entretanto, deve-se observar que o período úmido de 2015 ainda não se encontra
consolidado.
Com isso, a avaliação conjuntural do
desempenho do sistema e de riscos de déficit associados deve ser feita de forma
cuidadosa. Dado que as afluências verificadas em janeiro foram baixas nas
regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, as afluências nos próximos meses serão
relevantes para a avaliação da adequação das condições de suprimento em 2015, o
que reforça a necessidade de um monitoramento permanente.
O CMSE, na sua competência legal, monitora as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País.
Ministério de
Minas e Energia – MME
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (convidado)."
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (convidado)."